quarta-feira, setembro 09, 2009

Dura Praxis Sed Praxis (“A praxe é dura mas é praxe”)…


Muitos de nós já ouviu esta frase quando ingressou na faculdade, ou ouvirá quando para lá for.

Porquê resolvi eu abordar este tema? A ideia foi-me dada pela Nadyta. Dada como quem diz :-) Ao espreitar o blogue dela vi ali na caixinha dos recadinhos a palavra “praxes” e como não tarda muito está a começar o novo ano lectivo, achei que este seria um bom assunto para abordar. Quanto mais não seja, porque dentro em breve notícias, sobre os habituais exageros, irão povoar os noticiários.

Não irei pôr-me aqui a discorrer praxes das quais fui alvo, pois não vale a pena. Essas irão ficar guardadas na minha memória. Umas foram boas é um facto, mas outras... Digamos que cheguei a casa a chorar e com os nervos à flor da pele!

Não pretendo fazer deste texto um objecto fácil de vingança ou qualquer coisa do género. Pretendo sim o desvio da praxe neurótica, desregulada, prepotente, tribalesca, como simples exercício de humilhação do praxado, vulgo caloiro. Por isso, aviso já, que este texto não é contra a praxe, nem eu sou anti-praxe.

Nos meus anos de estudante universitária conheci muito poucas pessoas que conheciam realmente o significado da palavra praxe. Na minha opinião, singela diga-se já, a palavra praxe é sinónimo de responsabilidade para quem a pratica. Responsabilidade porquê? Porquê é dever dos veteranos darem as boas-vindas aos novos alunos (caloiros), integrarem-nos e prepararem a sua iniciação no chamado espírito académico, o que constitui uma maneira excelente de conhecerem novas pessoas. A par da responsabilidade vem o divertimento é óbvio. Todos devem divertir-se. E quando digo todos é mesmo todos, veteranos e caloiros.

Neste sentido a praxe é boa. A praxe inteligente, trabalhada, subtil, animada tem toda a minha aprovação. Agora a praxe de piada fácil, ordinária, humilhante tem o meu total desagrado.

Lamento, mas não consigo entender as praxes em que os caloiros são “obrigados” a simular relações sexuais, a comer erva ou a besuntarem-se com estrume. É nojento, é rebaixante, é humilhante. Nesta frase usei a palavra “obrigados” entre aspas por uma razão. Os caloiros não são obrigados a fazer seja o que for. Ninguém lhes aponta uma arma a cabeça nem nada que se assemelhe (Pelo menos julgo que ainda não chegámos a esse ponto). Mas vejamos a situação em que eles se encontram… Muitos saíram, pela primeira vez, de casa dos pais. Encontram-se sozinhos numa cidade e numa escola nova, onde não conhecem nada nem ninguém, pelo que a nível emocional e psicológico se encontram um pouco fragilizados e amedrontados. E depois, de repente, surgem ao pé deles uns quantos seres trajados, todos de preto, e com um ar de eu-é-que-mando-aqui-por-isso-tu-pia-baixinho, que os fazem tremer que nem varas verdes. E como o seu objectivo é integrar-se, lá vão eles fazer tudo o que os veteramos mandam por mais ridículo ou rebaixante que seja.

Claro que há aqueles que se estão a marimbar para essas porcarias todas e mandam os veteranos e as praxes para o quinto dos infernos. Há aqueles que são capazes de dizer “olhe, desculpe lá, mas não faço isso… É humilhante e eu não vim para aqui para se rebaixado por alguém que tem 10 matrículas, ou seja, que é um autêntico calhau!”.

Não foram poucas as vezes que vi caloiras a chorar porque foram tratadas que nem animais, como se fossem desprovidas de qualquer sentimento, que foram insultadas apenas para divertimento dos veteranos, cuja única oportunidade de sentir um pouco de poder nas mãos é aquela. Sentem-se superiores maltratando, humilhando, insultando, gritando com outros, talvez para satisfazerem alguma espécie de carência que possam ter.

E pronto, fico-me por aqui dizendo… Praxem, mas praxem com inteligência e divertimento. Praxem com gosto de quem quer o melhor para os caloiros. Praxem com amizade para que, futuramente, os alunos que foram por vocês praxados se lembrem de vocês com um sorriso, levando com eles boas recordações desses momentos :-)

31 comentários:

Daniela disse...

Gostei muito deste teu post e também sou da tua opinião.
Há praxes boas e praxes más e há imensos "Doutores" que não têm respeito nenhum pelos caloiros. Apanham-se com aquele número de matrículas e só pensam em humilhar, vingarem-se até das suas próprias praxes, ser o melhor.
Há caloiros que não conseguem aguentar a pressão e os "Doutores" gostam de vê-los assim... Já vi caloiros a chorar (eu própria saí a chorar de algumas praxes) e só às vezes é que ía alguma "Doutora" atrás do caloiro para lhe perguntar se estava tudo bem e confortá-lo um pouco.

Quanto a isso de mergulher no estrume, felizmente não me aconteeu. Quando mudei de universidade, para a UTAD, apercebi-me de que as praxes eram bem diferentes das que eu tive no Politécnico. Para começar, demora muito mais tempo. E depois os caloiros são praxados pelos "Doutores" do próprio curso (ao contrário do que aconteceu comigo). E, neste caso, por ex, os alunos de Biologia, Veterinária, Agronomia são os que mais andam no meio do estrume porque é algo que faz parte do curso deles. Os de Desporto têm praxes extremamente duras a nível físico. E por aí fora...

Em relação a isso de simular relações sexuais, é que nem comento. Acho tão repugnante e tão de baixo nível que esses "Doutores" deviam ser imediatamente proibidos de praxar.

Até penso que na minha universidade queriam diminuir o tempo de praxe por causa dos excessos... Vamos lá ver o que acontece.

Ontem também escrevi um post sobre praxe que ia publicar hoje (quando vi o teu até achei que tinhamos tido a mesma ideia, mas o meu está mais relacionado com os "Doutores"), portanto vou publicá-lo na mesma. :)

bjinho grande

P.S.: Li num post teu mais antigo que encontraste um site giro com templates para o blog. Podes dizer-me qual é?
Obrigada!!

**

Daniela disse...

Dois mimos no meu blog! **

Artemisa disse...

Daniela...

Eu fui praxada por muitos "Doutores", do meu curso e sem ser do meu curso. As "Doutoras" eram as mais lixadas (para não usar outro termo)... Faziam de tudo para nos humilhar e rebaixar...

Nem imaginas o pó com que lhes fiquei... De cada vez que as via insultavas (na minha cabeça) de vaca para baixo...

Coitadas também. Devia ser a única oportunidade delas de se sentirem superiores e poderosas.

O site é http://btemplates.com/. Mas olha que se escolheres e quiseres usá-lo aconselho-te a guardares os códigos de todos os widgets que tiveres pois vai-te apagar tudo!

Bjx

Artemisa disse...

Daniela...

2? :-p É pá...

Bjx

Daniela disse...

Sim, as "Doutoras" normalmente são as piores. A primeira pessoa que me tentou praxar (nesse dia em tinha ido matricular-me com o mau pai e recusei ser praxada) era uma loira mesmo besta! Como me recusei, nunca mais me esqueceu da minha cara e ainda andou a chatear-me durante algumas praxes. Detestava-a tanto!!

Eu já tenho 5 matrículas, já podia ter praxado no ano passado mas não me sentia bem com o ano que estava a praxar e também não conhecia muita gente. Talvez praxe este ano com as minhas colegas. O mais provável é juntar-me num grupinho com as amigas mais chegadas e não misturar-me com o resto da turma, porque é só histéricas e vão andar todas com a mania que são as melhores... Nem quero pensar! :/

Normalmente escrevo Doutores entre aspas porque nós não somos nenhuns Doutores LOL Para muito gente, durante o curso, é a única vez que vão ser chamados de Doutores, portanto é normal que gostem de se sentirem superiores! Enfim...

Sim, em relação ao template, eu sei que tenho de copiar os códigos todos. Já fiz isso quando me fizeram um template para o blog. Eu queria agora era tentar mudar o outro blog sem estar a pedir a ninguém para me fazer.
Obrigada!

bjinho

Artemisa disse...

Daniela...

Pois, Doutores para mim é quem tira Medicina :-)

Não é difícil fazeres tudo sozinha! É só pegar no código e cola-lo... O mais trabalhoso é estar a meter os widgets todos de novo! Da primeira vez demorei umas horitas, mas da 2º nem uma hora :-p

Depois quero ver como fica o novo estaminé...

Bjx

Maria disse...

Fui praxada dois anos consecutivos. Não detestei, mas também, da maneira que foram feitas não é algo que recorde com grande saudade..

Até porque há pessoas que no inicio do ano estão lá sempre, e depois passam pelos caloiros e nem olá lhes dizem. Não percebo..!

Nadyta disse...

Gostei muito do teu post... fico lisonjeada de te poder dar ideias...lol

Mas agora falando das praxes, eu só posso dizer uma coisa...adorei o meu ano de caloira!! :)

Fui muito bem tratada, principalmente porque nos respeitávamos, não havia grande humilhação, as praxes acima de tudo eram divertidas, mas claro houve pessoas que se declararam anti-praxes porque não tavam viradas para aquilo, acho que quem não quer ser praxado em vez de chorar e ir para os telejornais diga que não quer e declare-se anti-praxe!

Eu só tenho a dizer... "Solicitadoria, melhor curso de Leiria!!!!" :D

Beijinhos

Eu mesma... disse...

"Não foram poucas as vezes que vi caloiras a chorar porque foram tratadas que nem animais, como se fossem desprovidas de qualquer sentimento, que foram insultadas apenas para divertimento dos veteranos, cuja única oportunidade de sentir um pouco de poder nas mãos é aquela. Sentem-se superiores maltratando, humilhando, insultando, gritando com outros, talvez para satisfazerem alguma espécie de carência que possam ter."
completamente. devo dizer que da turma de 50 com que comecei o ano só 15 terminaram a praxe. 15. era realmente desnecessária, assim como todas as idiotices que os "doutores" (doutores onde?) faziam. e ainda se viraram contra mim por eu ter esta opinião. eu sou anti-praxe por uma razão... é mais um motivo para descriminação. ou fazes o que eles mandam ou tas fora da praxe e de todas as actividades academicas. isto saído de alguns doutores que conheci.
eu não tnh que aturar miúdos que se divertem À custa da humilhação de outros. além de ser mt mais velha que os próprios doutores e ter uma filha o que me livraria automaticamente das praxes sem ter de renunciar a nada. mas assinei a folha anti-praxe como maneira de me insurgir contra os doutores do meu curso.
beijinhos.

CristianaC disse...

No meu último ano lectivo, 12º ano, realizei um trabalho com o tema de "Praxes Académicas". Após longas pesquisas tomei conhecimento que realmente as praxes têm o seu lado bom, divertido e se for bem executadas são um excelente meio de integrar os caloiros naquele novo mundo. Mas também reparei que existem coisas horrendas feitas aos alunos como tu própria referiste, existem nomes da pior espécie para insultar os caloiros. E digamos que todas estas ofensas são terríveis a nível psicológico deixando grandes traumas.
Eu que estou a 15 dias de ingressar neste mundo académico já sinto uns friozinhos na barriga ao pensar nas barbaridades que talvez me esperam, talvez seja um ano para esquecer, ou talvez não. Mas sinceramente descobrir este novo mundo deixa-me com um certo medo...

Ana disse...

Olá!
Eu fui praxada durante 4 semanas inteirinhas.. desde as 9h da manhã, até às tantas da manhã (apenas durante 3 semanas fui às aulas que tinha da parte da tarde, e mesmo nos intervalos lá tinha de ir para o pátio pra mais uma praxe).
Foram 4 semanas muito más. Eu nunca me integrei no espirito académico. Infelizmente, no Politécnico onde estou, as pessoas fixes são aquelas que bebem até cair para o lado e que no dia seguinte não se conseguem levantar, tal não era a bebedeira.. Essas coisas não têm mesmo nada a ver comigo, e por isso nunca fui uma "caloira fixe". Poucas foram as praxes que eu fiz sem me sentir humilhada e envergonhada. Hoje não me dou com quem me praxou, não consigo. Não foram simpáticos comigo em nenhuma altura, porque haveria de gostar daquelas pessoas que se acham o máximo só porque vestem um capote preto e bebem 5l de sangria de enfiada? E elas, as veteranas, são sem sombra de dúvida, as piores. Têm um gostinho especial em praxar raparigas, humilhá-las.

Eu não sou anti praxe. De modo nenhum. Mas aquilo que por aqui se vê neste país, não são praxes. Pelo menos das "boas" (leia-se, que ajudam à integração dos novos alunos), não são.

Beijoca,
Hannah

Artemisa disse...

Maria...

As minhas também não sa recordo com muita saudade... Tive praxes fixes, é certo, mas as más estragaram tudo...

Bjx

****

Nadyta...

Tiveste sorte rapariga :-) Há cursos e há escolas que sabem praxar, mas outras...

Bjx

****

Anne...

É verdade, os ditos "doutores" têm a mania de ameaçar os caloiros com "ou fazes o que dizem ou não trajas" ou "ou fazes oq ue te dizem ou vais a tribunal de praxe"... Eu fui às praxes é certo... Nos primeiros tempos tinha medo, mas depois... Faltei a praxes, confesso. Estava farta... Ninguém me impediu de trajar e não admitia que ninguém o fizesse. O dinheiro era meu, o traje era meu...

Bjx

****

CristianaC...

Esse friozinho na barriga é normal :-) Ao teres feito esse trabalho já ficaste um pouco preparada para o que aí vem.

Às vezes depende da faculdade para que vais, do curso para que vais. Há sitios onde sabem praxar e há sitios onde é um autêntico degredo.

O segredo é não levares aquilo à séria. É entrar por um ouvido e sair por outro. E se te pedirem para fazer algo que aches que vai contra o teu carácter, recusas.

Boa sorte :-)

Bjx

****

Hannah...

Déja Vu... Na minha faculdade os considerados mais "fixes" também eram aqueles que bebiam até cair para o lado, que saiam todas as noites sem excepção, que faltam às aulas, que tinham o dobro das matrículas que o curso exigia... Enfim, uns tristes...

Obrigado pela visita :-)

Bjx

Olhos Dourados disse...

Concordo inteiramente contigo. Eu sofri praxes muito estupidas. Claro que só participei porque quis, mas lá está, eu era nova ali e não queria ser posta de lado. às vezes só me apetecia desistir daquilo tudo, mas enfim, lá aguentei a estupidez de muitos dessas calhaus que pensavam que eram doutores.

Anónimo disse...

Eu nem sofri muito com as praxes no meu tempo, ou os tempos eram outros, ou as pessoas tinham um pouco mais de respeito umas pelas outras, o que eu acho que hoje falta bastante. Mas faz parte do novo ciclo da tua vida. E a esse ciclo tenho o prazer de brindar contigo, virtualmente, é claro, mas não deixa de ser original... e sentido!

:)

*

Nês disse...

Estou totalmente de acordou contigo, a minha hora para esses feitos ainda não chegou mas já faltou muito mais, acho um absurdo exagero o que fazem. Saí muita gente magoada não só fisicamente também como psicológicamente, eu como sempre fui um bocadinho sensivel no que se trata a insultos e essas práticas vinda de gente mais velha durante o 2º ciclo apesar de já ter mudado muito não concordo nem um bocadinho com isso.

bjnhoo*

Buxexinhas disse...

Gostei do tema... Vou falar da minha experiência... Fui estudante na Univ de Coimbra e o ano que mais gostei foi o de caloira!!! ADOREI ser praxada... Mas praxes de integração, de partilha, de amizades... Foram momentos que me deixam imensas saudades... Quando fui 'doutora' tentei fazer o mesmo e sei que consegui... Criei grandes laços e fiz grandes amigos à custa das praxes... Praxem mas com responsabilidade e o principal... lembrem-se que já foram caloiros com medos iguais... beijinho Aninhas

*Sininho* disse...

Concordo com tudo o que disseste. Eu não tenho do que me queixar nem vi na minha faculdade nenhuma praxe que achasse ofensiva ou abusiva. E aco mesmo que as praxes (as praxes inteligentes de que falas) são essenciais porque tornam a integração muito mais fácil e divertida. Eu adorei a altura das praxes e confesso que gostei mais de ser praxada do que de praxar.

Artemisa disse...

Olhos Dourados...

A pressão psicológica é muito grande... Caimos ali de pára-quedas e pronto... Durante os primeiros meses não conseguimos ser nós mesmos...

Bjx

****

Black Horse...

Fez parte do ciclo da minha vida :-p Já terminei a faculdade há 2 anos...

Bjx

****

Nês...

Pois, para ti ainda falta um pouco até irres para a faculdade :-) Mas quando lá chegares não deves ter medo...

Bjx

****

Buxexinhas...

Ainda bem que gostast das tuas praxes! Tiveste pessoas decentes a fazê-lo... :-) E ainda bem, pois assim ficas com boas recordações...

Bjx

****

*Sininho*...

As coisas variam de faculdade para faculdade... É pena que nem todos saibam praxar...

Bjx

Anónimo disse...

Vês como sou distraido? lol Mas fico feliz por ti na mesma... há coisas que nunca se esquecem.. :)

*

Artemisa disse...

Black Horse...

Não faz mal :-p

Eu adorei as anos de faculdade.... Teve coisas más é certo, mas também teve coisas boas... Faz parte. A vida é assim...

Bjx

Sofia disse...

Na minha faculdade as praxes são muito softs, o pessoal quer é divertir-se e nunca vi, nem tive conhecimento, de praxes feitas lá que tivessem ferido qualquer tipo de susceptibilidade, até porque as praxes são realizadas em grupo e nunca nada de ofensivo.

Por outro lado também nunca praxei ninguém, mas foi apenas uma escolha pessoal, e nunca seria capaz de ofender alguém deliberadamente ou de lhe causar algum constrangimento.

Mas a verdade é que há por aí muitas faculdades e principalmente politécnicos onde as praxes são, a grande maioria das vezes, confundidas com abusos de poder, poder esse que lhes foi atribuído sabe-se lá por quem...

Pochinha disse...

Concordo absolutamente! Ainda não cheguei às praxes de universidade, e as poucas que tive não foram nada de especial. Mas também não digo que me intregaram num espirito de companheirismo... Mas fazer praxe bem feita não é tarefa fácil! Por acaso vou tentá-lo amanhã, e só espero não deixar os 'caloiros' muito assustados... =P

Joao disse...

Estou a ver que há muito gente que fez comentários que não faz a mínima ideia do que é a praxe e um doutor. Um doutor na praxe não tem nada a ver com o que o "zé povinho" apelida de doutor (medicina) ... mas pronto. Quanto ao teu post acho que tiveste azar nos doutores que tiveste , ou na faculdade onde entraste , se bem que a meu ver uma praxe psicológica mais forte , de vez enquando , é necessária para a caloirada aprender a sentir o nome da casa que representam , sem passar dos limites claro. Agradeço a todos os meus doutores pelo sentimento que conseguiram criar em mim em relação á faculdade , ao curso e a todas as pessoas que fazem parte da faculdade :')
Praxe de Ciências , a melhor de todas :')

Artemisa disse...

Cinderela...

Eu também nunca praxei ninguém. Nunca me senti muito há vontade para o fazer... Preferi antes conviver com os caloiros...

Bjx

****

Pochinha...

As praxes não devem ser duras, a meu ver... Devem integrar os caloiros e pronto... :-p

Bjx

****

Joao...

1º A meu ver um Doutor só é Doutor a partir do momento em que tira um Doutoramento...

2º As praxes psicológicas não têm qualquer razão de ser. Até porque nem todas as pessoas reagem da mesma forma às situações. Uma boa maneira de honrar o traje que se veste e a escola em que se anda, não é andar aos berros e a humilhar os outros, nem ser humilhado. É antes estudar e tirar boas notas para a faculdade ser reconhecida como um exemplo de ensino.

Não digo aqui que se deva esquecer a convivência e o divertimento fora das aulas.

Bjx

Joao disse...

Aninhas....

Um doutor na praxe é um doutor porque já foi praxado e passou este "teste" , nao tou a falar de um doutorado , fui claro quanto a isso.

Uma boa praxe psicológica pode contribuir muito para criar espirito de grupo e laços de amizade que tanta falta fazem na vida academica.
Mas para fazer uma boa praxe psicologica nao é qualquer leigo que faz. Esta sexta que passou fizemos praxe psicologica com os caloiros , alguns choraram , hoje , um desses caloiros que chorou veio ter comigo e disse-me "eu gostava da praxe , mas agora .... amo a praxe". A atitude dos caloiros mudou radicalmente , andam sempre juntos , fazem grupos para estudar etc etc ... e este espirito tem que ser conservado e desenvolvido ao maximo. Mas como eu digo , é preciso saber praxar.A maior parte das vezes os doutores fazem mais sacrificios que os caloiros para lhes poder dar uma boa praxe.

Cumprimentos para todos [CC&REDES , FCUP <3]

Artemisa disse...

Joao...

Lamento, mas não concordo com a praxe psicológica... Alguns caloiros podem ser fortes e gostar, mas outros não... Outros que já se encontram fragilizados devido a inúmeros factores podem ir-se abaixo com muita facilidade...

Concordo com o espirito académico, mas há formas e formas de o incutir nos alunos...

Bjx

ZZZZZZZZZZZZZZ disse...

Boa noite.

Como estudante universitária que sou e como fiel a tudo o que a PRAXE me ajudou a crescer enquanto estudante e pessoa apenas tenho a dizer 3 coisas (e porque em praxe nao há numeros pares)
1. Não critiquem a PRAXE se nunca a viveram. Experiementem e depois formem opinião.
1+1 . A PRAXE nao é para ser falada, é para ser vivida.
3 . DURA PRAXIS SED PRAXIS. Nem todos tem jeito para serem médicos, professores, enfermeiros, etc etc. Assim, tambem muitos nao gostam de carne, outros de peixe e por ai fora.. Na PRAXE é igual. Uns gostam, outros aprendem a gostar e outros nao gostam. A diferença entre estes 3 tipos de pessoas é a força de encarar novos desafios, de se adaptar a novas ideias e de crescer. Lembrem-se que sao praxados deste que nascem até que morrem no sentido literal da palavra pois quer em casa, na escola, na faculdade, no emprego etc há sempre alguem acima de voces e/ou abaixo.

APRENDAM!

Tenho dito.

Respeitem os praxistas, os estudantes mas acima de tudo o espirito universitário que nos é comum !

Saudações Académicas.

Artemisa disse...

ZZZZZZZZZZZZZZ...

Primeiro, todas as pessoas que por aqui deixaram comentários já passaram pela praxe... Terias notado isso se tivesses lido os comentários... E terias notado também que muitas pessoas que comentaram gostaram da praxe na sua respectiva universidade. Eu inclusivé fui praxada, por isso falo com conhecimento de causa...

Segundo, eu falo que quero e quando quero e todos os assuntos do mundo são para ser discutidos, a prexe incluida. E se fosse discutida mais vezes, se calhar não haveria os excessos que muitas vezes há. Vê um pouco de TV e sabes do que falo...

Terceiro, uns gostam da praxe, outros não gostam, isso é um facto. Mas tamb
em depende como a praxe é feita e por quem é feita. A praxe tem como fim integrar os alunos na universidade, no espirito académico, dar a conhecer um novo mundo e novas pessoas. Não tem nada a ver com humilhações em público, cuja única finalidade é faer os praxadores sentirem-se superiores. A faculdade já em si é uma etapa importante da nossa vida, durante a qual temos que passar inúmeras dificuldades...

Tive praxadores que eram fenomenais mas outros que se sentiam superiores e que só queriam humilhar os caloiros. E eu não gosto de pessoas que têm a mania que são superiores... Podem ter um cargo superior ao meu (no mercado de trabalho) mas são seres humanos iguais a mim, não são melhores ou piores que eu...

Para a próxima lê bem o texto e verás que eu não disse que era contra as praxes, mas sim contra os exageros. E lê os comentários também...

Tenho dito!

Katley disse...

Olá!
Bem, eu sou a favor da praxe estando agora no meu 2º ano de praxe, onde já sou considerada "doutora". Concordo que há praxes e praxes, a minha foi fixe e amei o meu ano de caloira, para mim a maior hierarquia de praxe x'D Brincamos muito mesmo, claro que sempre em respeito aos "doutores", tendo tido também praxes tipo fazendo flexões e por naquelas posições comuns de caloiro, que nada tem de mal e/ou humilhante. eu sou da FLUP (Faculdade de Letras da U. do Porto), não sei se as posições são iguais em todo lado, mas prancha, tartaruga aflita e afins... Há gritos assim, normalmente quando há falta de respeito para com o doutor, raramente chamam "besta" ao caloiro, e quando acontece é quando a coisa está má, como quando fazemos uma asneira e os nossos pais nos chamam umas coisas "bonitas" lol Há muito cuidado estando sempre a perguntar se estão bem ou se precisam de algo. Para ser sincera acho que nunca fiz algo de humilhante, pelo menos do meu ponto de vista, já que palhaçada é comigo lol E o ano de caloiro é como uma prova, ou seja, quem for bom caloiro passa a doutor, caso contrário fica pelo caminho, e isso acho bem, já que quando caloira sentia que se uns ou outros passassem a doutores seria uma injustiça para os outros. E digo-vos, ser doutor, pelo menos na "minha" praxe, é pior que ser caloiro.

Beijinhos

Hugo Pires Ferreira disse...

Gostei imenso do teu post, e gostei de ler alguns comentários (porque não li todos, infelizmente).

Devo dizer que há noções de praxe diferentes e nunca se vai poder uniformizar um conceito de "praxe", isto porque todos os anos surgem praxes e tradições de praxes diferentes, novos praxantes, e, cada vez mais, novas mentalidades, personalidades e ideologias!

A praxe, e escrevo referindo-me à praxe ESELiana, tem como sentido criar uma pequena imagem de como é a vida do estudante de enfermagem (e não do enfermeiro, porque dessa ainda nada sei). Qualquer actividade de praxe deve ser para os caloiros e superiores se divertirem e se conhecerem uns aos outros. Deve dizer que este ano (como praxante) já tenho boas amizades com caloiros (pelo menos assim considero) e com praxantes. Eu, como praxante, tento cada vez mais insistir neste ponto.

A praxe tem de ser dura? Sim, e cada vez mais acredito que sim! Principalmente depois do que aconteceu! As gerações que se avizinham estão cada vez piores a nível da educação, as atitudes egoístas, irresponsáveis e arrogantes predominam.
Eu, como ESELiano que sou, e, espero, futuro enfermeiro, não quero ver a vida académica da minha faculdade arruinada por gerações mal formadas, muito menos a minha futura profissão.

Tento cada dia mudar isso, tento apelar ao espírito de praxe (praxe correcta claro) de cada praxante, para que consiga incutir nos caloiros todos os valores e atitudes necessárias para fazer de Enfermagem um curso e uma profissão respeitáveis e dignas de louvor! E para, claro está, que estes se sintam bem-vindos no novo curso e faculdade que os recebe e para que consigam transmitir esses mesmos valores aos próximos caloiros.

Tenho pena de ver maus praxantes! Tenho pena!
Tenho também pena de ver a tradição académica (que acho tão importante no nosso país) cada vez mais denegrida por essas pessoas!

Saudações Académicas,

Hugo Ferreira

P.S.: a minha primeira praxe como praxante ESELiano foi perguntar a um grupo de caloiros quais os valores presentes no CDE e porque é que eles achavam que eram esses os valores escolhidos (de uma forma dura claro!).

Dura Praxis, Sed Praxis

Hugo Pires Ferreira disse...

Gostei imenso do teu post, e gostei de ler alguns comentários (porque não li todos, infelizmente).

Devo dizer que há noções de praxe diferentes e nunca se vai poder uniformizar um conceito de "praxe", isto porque todos os anos surgem praxes e tradições de praxes diferentes, novos praxantes, e, cada vez mais, novas mentalidades, personalidades e ideologias!

A praxe, e escrevo referindo-me à praxe ESELiana, tem como sentido criar uma pequena imagem de como é a vida do estudante de enfermagem (e não do enfermeiro, porque dessa ainda nada sei). Qualquer actividade de praxe deve ser para os caloiros e superiores se divertirem e se conhecerem uns aos outros. Deve dizer que este ano (como praxante) já tenho boas amizades com caloiros (pelo menos assim considero) e com praxantes. Eu, como praxante, tento cada vez mais insistir neste ponto.

A praxe tem de ser dura? Sim, e cada vez mais acredito que sim! Principalmente depois do que aconteceu! As gerações que se avizinham estão cada vez piores a nível da educação, as atitudes egoístas, irresponsáveis e arrogantes predominam.
Eu, como ESELiano que sou, e, espero, futuro enfermeiro, não quero ver a vida académica da minha faculdade arruinada por gerações mal formadas, muito menos a minha futura profissão.

Tento cada dia mudar isso, tento apelar ao espírito de praxe (praxe correcta claro) de cada praxante, para que consiga incutir nos caloiros todos os valores e atitudes necessárias para fazer de Enfermagem um curso e uma profissão respeitáveis e dignas de louvor! E para, claro está, que estes se sintam bem-vindos no novo curso e faculdade que os recebe e para que consigam transmitir esses mesmos valores aos próximos caloiros.

Tenho pena de ver maus praxantes! Tenho pena!
Tenho também pena de ver a tradição académica (que acho tão importante no nosso país) cada vez mais denegrida por essas pessoas!

Saudações Académicas,

Hugo Ferreira

P.S.: a minha primeira praxe como praxante ESELiano foi perguntar a um grupo de caloiros quais os valores presentes no CDE e porque é que eles achavam que eram esses os valores escolhidos (de uma forma dura claro!).

Dura Praxis, Sed Praxis