Ontem num programa televisivo falaram sobre o ciúme, discutindo-se se era bom ou não senti-lo. A ideia geral, e que todos vão ouvindo de boca em boca, é que um pouco de ciúme nunca fez mal a ninguém, que ciúme q.b. até é bom e saudável numa relação, apimentando-a.
A principal característica do ser humano, além da sua capacidade de pensar, é a sua capacidade de sentir várias emoções e puder expressá-las, seja através de palavras ou gestos, podendo, assim e também, aprender com os vários sentimentos que brotam no nosso interior e ao longo da nossa vida. O amor ensina-nos o significado da palavra união e partilha entre duas pessoas. O medo ensina-nos a ser cautelosos, atentos, a ter coragem para enfrentar os obstáculos. E o ciúme? O que nos ensina ele? Se é que nos ensina algo.
O ciúme é diferente da inveja. Enquanto nesta estão só envolvidas duas pessoas, o que sente inveja e o invejado, no ciúme surge-nos um triângulo. Isto é, o que atrapalha um dos amantes é a existência de alguém (ou algo) que ameaça afastar a pessoa amada, o que torna as coisas muito mais complicadas.
Já ouvi, e não raras vezes, dizerem que se não sentimos ciúmes de alguém é porque não amamos essa pessoa. Será? Será assim tão básico, tão elementar? Quem sou eu para dizer que X não ama Y, só porque não sente ciúmes dele (ou dela)? Quem sou eu para saber o que lhe vai na alma ou no coração? E pensando bem, desde quando é que o amor se mede pelo ciúme que se tem?
Já ouvi dizer, também, que as pessoas que dizem ser ciumentas são, na sua generalidade, inseguras e com baixa auto-estima. Será? Também não me parece que seja assim tão linear. Já conheci pessoas que eram seguríssimas de si e que tinham a auto-estima lá em cima no Monte Olimpo e que, no entanto, eram assim um pouquinho paranóicas no que ao seu companheiro/companheira dizia respeito.
Eu confesso que sou um pouco ciumenta. Se tivesse uma escala o meu nível de ciúme atingiria, possivelmente, o 2 (um 3 vá, mas já puxadinho), numa escala de 0 a 10, tendo em conta que 1 é o ciúme normal e dito saudável e o 10, o paranóico e destrutivo.
É este último que realmente me assusta: o ciúme mórbido, aquele em que a pessoa está sempre atormentada com a infidelidade do parceiro/parceira, quase sempre sem motivo real. Aquele ciúme que inventa razões para discussões e brigas, quando não existe nenhuma. Aquele ciúme que recorre, permanentemente, à imaginação em busca de emoções baseadas na dúvida e na desconfiança. Aquele ciúme que procura provas de infidelidade incessantemente, que está atento a qualquer gesto, palavra ou tom nosso. Aquele ciúme que em certos casos acaba em tragédia. Esse mete-me medo, porque não o considero normal, mas resultado de um sério problema psicológico.
Eu até percebo o medo que se tem de perder a pessoa amada. É normal senti-lo, mas os exageros que se cometem em nome do amor (se é que podemos chamar amor àquilo que estas pessoas dizem sentir), isso já não consigo compreender.
E vocês? São ciumentos ou nem por isso?
15 comentários:
sou ciumenta qb. Nada de paranóias, de cuscar telemoveis e e-mails e afins, mas de dar um cotovelada se ele olha para outra! Eu confio na minha relação, e acho que a maioria dos ciumes é mais na brincadeira do que outra coisa...e espero que seja sempre assim!
Lia...
Concordo contigo... Os ciúmes exagerados não levam a lugar nenhum, a não ser ao final da relação...
Bjx
Eu sou como tu. Talvez o 2 numa escala de 0-10.
De 0 a 10... 5. Mas já fui pior. Já fui para aí um 7. :p
Olhos Dourados...
Um ciúme normal portanto... :-P
Bjx
****
Saga...
Ainda bem que estás melhor então :-p
Bjx
Engraçado...ainda hoje pensei que um dia destes haveria de fazer um post sobre ciúmes.
Sabes porquê? 8e isto dá resposta à tua pergunta), porque sou ciumenta. O quanto baste, para me por abaixo. Não sou de ciúme mórbido, mas não me orgulho nada de ser ciumenta. Talvez seja a sensação de perda que possa vir a existir que me deixa assim.
E para perceberes que o ciúme não é mórbido, lembro-me que para evitar sentir ciúme, ou melhor, para o combater, se havia alguém que se interessasse pelo meu ex-namorado, eu ajudava-a a conquistá-lo. Talvez isto seja mesmo parvo, mas era a única forma de acabar com as ciumeiras e partir para outra.
A mente humana tem destas coisas, quanto a mim, inexplicáveis!
Beijoca!
Pepita chocolate...
Andamos em sintonia :-)
O facto de ajudares um outro aguém a conquistar o teu ex não é parvo. Era a tua maneira de lidar com a situação... E de pores um ponto final naquela história.
Bjx
acho q qd se ama tem de haver sempre um bocadinho de ciume. nem que seja de brincadeira e de mandar aquelas boqinhas :p eu sou pouco ciumenta pq o meu namorado me da muita confiança. mas de vez em quando... hihi
Hermione...
Sim, esse ciúme de brincadeira é giro :-p Ver-me a fazer beicinho... Ou ver o meu mor a levantar a sobrencelha quando digo que alguém é giro...
Isso não tem mal :-p
Bjx
Eu sou um pouquinho ciumenta mas acho que depende do tipo de relação. Por exemplo, na minha actual relação, sinto-me plenamente segura e confio no meu namorado e o único ciúme que sinto é aquele que dá pica a qualquer relação, aquelas brincadeirinhas que fazemos um ao outro para o provocar!
Mas nunca senti um ciúme mórbido por ninguém, felizmente.
No entanto, já conheci casos assim. Um desses é de uma colega cujo namorado a tinha traído mas ela perdoou-o porque gostava muito dele e não queria perdê-lo. Mas, a partir desse momento, a relação deles, que já era estranha, tornou-se muito possessiva e passavam o tempo a controlar-se um ao outro.
Acho que deve existir um pouco de ciúme em qualquer relação, mas com peso e medida. O fundamental é ainda, na minha opinião, a confiança.
bjinho
Daniela...
Nem mais :-p A confiança é a base de qualquer relação.
Bjx
muitas suposições xD
eu também sou um bocado ciumento, mas nada de exageros :p
beijinho
Bruno...
Ainda bem :-p Exageros é que não... Agora aquele ciuminho é gostoso até... Digo eu!!!
Bjx
Só aquele bocadinho saudável... ;)
PB...
Ah, esse não faz mal a ninguém :-p
Bjx
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