
Hoje é dia 30 de Maio do ano de 2009. Como não tinha mais nada para fazer resolvi vir até à internet e “navegar” um pouco…. Pesquisar nem sei muito bem o quê!
Depois de pesquisar coisas sem grande interesse resolvi tentar descobrir o que aconteceu de importante na História neste mesmo dia, 30 de Maio. Muitas coisas acontecerem… muitas personalidades importantes nasceram e outras tantas faleceram, e uma delas foi Joana d’Arc, conhecida como a Donzela de Orléans. Se salientar que este ano se comemora o Centenário da sua Beatificação.
Um pouco de história…
Joana d'Arc nasceu em Domrémy, região da Loraine (França) em 1412, sendo uma dos cinco filhos de Jacques d'Arc e Isabelle Romée. Era então chamada de Jeannette, diminutivo de Jeanne.
Como era normal na época, Joana ajuda nos trabalhos de casa e nos do campo, nomeadamente com o gado. Não sabia ler nem escrever. Crente e séria, Joana era uma criança como as outras: brincava, cantava, dançava, sorria e chorava. Até ao fim foi uma pessoa emotiva e ponderada.
Como os outros habitantes do campo, ouve falar do estado calamitoso em que se encontra o reinado, sabe da dureza da ocupação pelos ingleses e dos avisos das
sirenes quando os inimigos se aproximam, o que indica que se deve procurar refúgio. Nessa altura a França está dividida em três facções: Armagnac - França livre; Bourguignons e Ingleses. Os Bourguignons são aliados dos Ingleses. Domrémy está sob o domínio dos invasores, portanto não faz parte da dita França livre.É mais ou menos aos treze anos de idade que Joana d'Arc ouve uma voz (que ela dirá mais tarde ser a de S. Miguel) que lhe fala da desgraça que há em França e a incentiva a ir ajudar o Rei de França, Carlos VII. Este apelo é repetido mais duas ou três vezes nessa semana. Joana mantém segredo e responde fazendo voto de virgindade, sinal de consagração a Deus, e de seguida autonomiza-se de "A Donzela" (La Pucelle). Ela dirá mais tarde: "A voz dizia-me que iria a França e que eu não podia demorar mais onde estava, a voz dizia-me que eu levantaria o cerco à cidade de Orléans. A voz também me disse que fosse ter com Robert de Baudricourt na fortaleza de Vaucouleurs pois ele me daria pessoas para me acompanharem."
São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, serão então companhias regulares de Joana d'Arc.
Com o pretexto de ir ajudar uma prima, em Maio de 1428, Joana vai ter com Baudricourt e é repelida. Ela volta seis meses mais tarde e diz ao capitão Baudricourt o seguinte: "Você não ouviu dizer que foi profetizado que a França seria perdida por uma mulher e restaurada por uma virgem da zona de Loraine?". Vencido pela obstinação de Joana, o capitão dá-lhe uma escolta para a acompanhar a Chinon, onde se encontra o Rei. Dois homens oferecem-se para a acompanhar e o grupo completa-se com um mensageiro real.
Os habitantes de Vaucouleurs aderem à causa e oferecem a Joana um cavalo e roupa de homem para que ela possa cavalgar. O grupo parte a 13 de Fevereiro de 1429, Joana tem então 17 anos.
A partida de Vaucouleurs em direcção a Chinon onde reside o Rei, faz-se de noite num país em parte controlado pelos Bourguignons. Antes de chegar a Chinon, Joana dita uma carta ao Rei onde lhe anuncia a sua chegada. Depois de debater a questão com os seus conselheiros Carlos VII (o delfim) recebe a Donzela na sala grande do Castelo de Chinon.
Ela vai direito ao Rei que estava disfarçado no meio dos nobres e fidalgos e divulga-lhe o essencial da sua mensagem: "Gentil delfim, tenho nome Joana a Donzela, e manda o Rei dos Céus através de mim que você será consagrado e coroado na vila de Reims e você será tenente do Rei dos Céus que é o Rei de França". Após questões que o Rei lhe coloca acrescenta: "Digo-te da parte de Deus que és o verdadeiro herdeiro de França e filho de Rei e Ele me enviou a ti para te conduzir a Reims para que recebas a tua coroação e consagração, se o quiseres."
Impressionado com o que Joana lhe divulga, o Rei decide que ela seja examinada por eclesiásticos em Poitiers. Foi concluído, após os interrogatórios e exames, que não havia nela nada de mal e nada contrário à fé católica. Os mestres e doutores que a examinaram só encontraram o bem, humildade, virgindade, devoção, honestidade e simplicidade.
Enquanto o Rei prepara ajuda para levar a Orléans, Joana vai a Tours onde lhe é
feita uma armadura e um estandarte. Ela própria dá instruções para o estandarte, com uma imagem representando o Salvador (Cristo) sentado nas nuvens do céu rodeado de dois anjos, um deles segurando a flor de Lys.Muitos combates são levados a cabo para libertar a França do domínio inglês. Uma das suas últimas actividades militares realizou-se em Saint-Pierre-le-Moûtier a 2 de Novembro de 1429.
Com Joana reduzida à inacção, o Rei a recompensa pelos seus feitos enobrecendo a sua família e dispensando de todos os impostos os habitantes da sua aldeia.
As negociações continuam entre o Rei e o Duque de Bourgogne. Este último entra nas vilas de l'Oise, entre as quais Compiègne que recusa a sua autoridade. Joana decide então de retomar as hostilidades. A 16 de Maio de 1430, o Duque de Bourgogne faz o cerco em frente a Compiègne. A 22 de Maio, Joana entra em Compiègne, de noite, sem o que o inimigo o saiba, escoltada por mercenários italianos e tropas reais comandadas por Xaintrailles de La Hire. A 23 de Maio pela manhã, durante uma saída, Joana é capturada pelos Bourguignons.
Durante sete meses, de 23 de Maio de 1430 a 23 de Dezembro, Joana encontra-se presa no Castelo de Beaulieu, em Vermandois, e no Castelo de Beaurevoir, perto de Saint-Quentin. A 21 de Novembro, em Arras, ela é entregue a Henry VI, Rei de França e de Inglaterra, do qual o Duque de Bourgogne é vassalo. A soma de 10000 écus foi quanto Henry VI pagou ao Duque de Bourgogne pela prisioneira. Até aí nunca um Rei tinha pago tanto a um vassalo pela compra de um prisioneiro.
O seu resgate é negociado por Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, e antigo reitor da Universidade de Paris, encarregado de a julgar da acusação de heresia. A 23 de Dezembro Joana é fechada no castelo de Bouvreuil, em Rouen. Como prisioneira de guerra, é guardada por ingleses numa prisão laica. Ao mesmo tempo é-lhe instaurado um processo em matéria de fé.
A 30 de Maio de 1431, com 19 anos, Joana d'Arc é declarada culpada no processo de condenação e é queimada viva em Rouen.
Reza a lenda que, após ser queimada viva, o seu coração sobreviveu às chamas e continuou a bater por uns minutos.
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