Ultimamente tenho-me surpreendido a mim mesma a pesquisar notícias e sites sobre o que é ser mulher. E tenho encontrado coisas muito interessantes. Hoje encontrei esta pequena crónica. Realmente ser mulher é o máximo ;-p
«Num documentário classificado para adultos, uma famosa stripper explicava uma das técnicas para cultivar a aura de mulher poderosa:
“Na hora de iniciar o jogo da sedução, percorro o olhar pela plateia e escolho um homem que não seja tão bonito ou atraente, pois assim fico mais segura de ser eu a assumir a posição dominante no jogo”. Um jogo que a tornou rica, aliado aos seus dotes de dançarina.
As regras do jogo entre sexos estão a mudar. Ou não. Desde sempre, as mulheres dominaram a arte de encantar, valendo-se de tácticas subtis. A diferença é que agora elas são óbvias, sem medo de serem queimadas na fogueira ou acusadas de feiticeiras. Elas despem-se sem vergonha, sem culpa e, acima de tudo, sem ficarem emocionalmente nuas.
Algumas, vestem mesmo a pele de vingadoras, mulheres fatais à altura de qualquer Martini Man, Marllboro Man ou Action Man. Elas não lhes deixam espaço para serem «malandros», para exibirem os seus dons de caça «à matador», pelo menos sem serem ridicularizados. Que é o mesmo que desqualificados.
No seu novo ‘hit’, Womanizer, uma Britney que em tempos fazia culto da sua virgindade, orgulha-se agora do seu lado sábio [na arte de caçar, sem nunca ser a presa]:
«Superstar / de onde és, como vais? / Eu sei quem és / Podes disfarçar-te de novo com todas as outras por aí / Mas eu sei quem tu és / Um mulherengo». Ora vestida de executiva [as fardas continuam a animar os videoclips], ora em indumentária sexy e até mesmo nua num banho turco, a cantora avisa o engatatão que dela não leva nada, apesar de a perturbar, apesar do lança-charme.
A «boazona», a stripper e a executiva têm um ponto em comum: assumem o controlo intencionalmente, com pose e gestos calculados (e ousados). Exibem-se como objectos de desejo e simulam disponibilidade, intimidade até. Engane-se quem pensa que estão «ao ataque», pois é à defesa que jogam, sem rendição nem baixar a guarda.
Hoje, como ontem, elas continuam a gostar de ser desafiadas, seduzidas, encantadas. Ontem entregavam-se só depois de ter aliança no dedo e as reivindicações eram circunscritas à cozinha. Hoje continuam a conviver com a Cinderela que habita nelas, mas ninguém lhes diz qual o sapato a calçar nem onde devem por o pé. Hoje, como ontem, elas alimentam fantasias com homens perigosos, pouco ou nada protectores, e arrebatadores. E fazem de conta que são perigosas, que dispensam protecção e capazes de arrasar.
Porém, o maior afrodisíaco continua a ser «desejar ser a presa». Ontem elas disfarçavam esse desejo encenando a menina reservada que promete não ser «fácil». Agora encenam a Cat Woman, a noiva vingadora de Kill Bill, a Ms. Smith.
Quanto mais «difíceis», melhor. O pior que pode acontecer-lhes é serem tidas por ‘gruppies’ (mulheres «vampiras», que seduzem estrelas pop à saída do concerto para encontros sexuais).»
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